Bobby Fischer desafia Karpov e Kasparov para confronto
Moscou, 3 jun (EFE).- O lendário enxadrista Bobby Fischer desafiou os russos Gary Kasparov e Anatoly Karpov para um confronto "não arranjado" na modalidade Random, em que um computador sorteia as peças.
Fischer, que está sendo processado pela Justiça americana e se refugiou na Islândia, fez a proposta em entrevista ao semanário russo "Rodnaya Gazeta". Com seu estilo polêmico, ele disse que Kasparov e Karpov são "mentirosos e fariseus" que "jogavam partidas arranjadas".
O enxadrista americano naturalizado islandês disse que é "o último grande campeão mundial", apesar de em 1975 ter perdido o título "de forma ilegal", e reiterou sua tese de que "desde então o velho xadrez está morrendo".
"Quase todas as partidas e torneios são arranjados", afirmou.
"Meu único e último interesse no velho xadrez é provar que o confronto entre Karpov e Kasparov" em 1984 e 85 foi uma montagem preparada pelo Partido Comunista Soviético e pela KGB.
O fato de Kasparov chamar Fischer de "um dos maiores enxadristas da história" não mudou a opinião do islandês sobre o russo: "Eu o chamo de criminoso. Kasparov é a personificação do mal".
Fischer disse que o fato de Kasparov ter deixado o xadrez e se lançado à política para lutar contra o autoritarismo do presidente russo Vladimir Putin "é suficiente para apoiar Putin".
Perguntado sobre como faz para se manter economicamente, Fischer disse que desde a partida contra Boris Spassky em 1992 tem "uns três milhões e meio de dólares num banco suíço".
"Em dólares não. Em francos suíços e em barras de ouro, pois odeio tudo o que é americano", corrigiu-se em seguida.
Fischer disse que para ganhar dinheiro e popularizar o formato Random, que segundo ele evita "partidas arranjadas", estaria disposto a enfrentar outros jogadores famosos nesta modalidade.
"Se me oferecerem um bom dinheiro, estou disposto a jogar até um torneio oficial pelo título de campeão do mundo. Com quem for, até com os ŽcriminososŽ. Se virem Karpov e Kasparov, transmitam minha proposta a eles", disse Fischer aos jornalistas russos.
Fischer, de 62 anos, informou que há poucos dias recebeu o passaporte da Islândia. O país, onde o xadrez é popular, concedeu cidadania ao enxadrista para evitar sua extradição do Japão para os EUA.
O ex-campeão mundial de xadrez ficou detido de julho do ano passado a março deste ano num centro de imigrantes do Japão por tentar usar um passaporte revogado pelos EUA.
Bobby Fischer está sendo processado pelos EUA desde 1992, quando violou uma proibição expressa do governo americano de viajar para a antiga Iugoslávia. No país atingido pela guerra, ele embolsou três milhões de dólares ao vencer um campeonato contra seu lendário rival, o russo Spassky.
Fischer conta com a simpatia dos islandeses porque foi em Reykjavík que conquistou o título mundial, em 1972, ao vencer Boris Spassky.
Fischer, que está sendo processado pela Justiça americana e se refugiou na Islândia, fez a proposta em entrevista ao semanário russo "Rodnaya Gazeta". Com seu estilo polêmico, ele disse que Kasparov e Karpov são "mentirosos e fariseus" que "jogavam partidas arranjadas".
O enxadrista americano naturalizado islandês disse que é "o último grande campeão mundial", apesar de em 1975 ter perdido o título "de forma ilegal", e reiterou sua tese de que "desde então o velho xadrez está morrendo".
"Quase todas as partidas e torneios são arranjados", afirmou.
"Meu único e último interesse no velho xadrez é provar que o confronto entre Karpov e Kasparov" em 1984 e 85 foi uma montagem preparada pelo Partido Comunista Soviético e pela KGB.
O fato de Kasparov chamar Fischer de "um dos maiores enxadristas da história" não mudou a opinião do islandês sobre o russo: "Eu o chamo de criminoso. Kasparov é a personificação do mal".
Fischer disse que o fato de Kasparov ter deixado o xadrez e se lançado à política para lutar contra o autoritarismo do presidente russo Vladimir Putin "é suficiente para apoiar Putin".
Perguntado sobre como faz para se manter economicamente, Fischer disse que desde a partida contra Boris Spassky em 1992 tem "uns três milhões e meio de dólares num banco suíço".
"Em dólares não. Em francos suíços e em barras de ouro, pois odeio tudo o que é americano", corrigiu-se em seguida.
Fischer disse que para ganhar dinheiro e popularizar o formato Random, que segundo ele evita "partidas arranjadas", estaria disposto a enfrentar outros jogadores famosos nesta modalidade.
"Se me oferecerem um bom dinheiro, estou disposto a jogar até um torneio oficial pelo título de campeão do mundo. Com quem for, até com os ŽcriminososŽ. Se virem Karpov e Kasparov, transmitam minha proposta a eles", disse Fischer aos jornalistas russos.
Fischer, de 62 anos, informou que há poucos dias recebeu o passaporte da Islândia. O país, onde o xadrez é popular, concedeu cidadania ao enxadrista para evitar sua extradição do Japão para os EUA.
O ex-campeão mundial de xadrez ficou detido de julho do ano passado a março deste ano num centro de imigrantes do Japão por tentar usar um passaporte revogado pelos EUA.
Bobby Fischer está sendo processado pelos EUA desde 1992, quando violou uma proibição expressa do governo americano de viajar para a antiga Iugoslávia. No país atingido pela guerra, ele embolsou três milhões de dólares ao vencer um campeonato contra seu lendário rival, o russo Spassky.
Fischer conta com a simpatia dos islandeses porque foi em Reykjavík que conquistou o título mundial, em 1972, ao vencer Boris Spassky.
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